As crianças com autismo percebem e experienciam o mundo de maneira única. Para muitas, interagir socialmente pode ser um desafio, pois os códigos de comunicação convencionais nem sempre são intuitivos para elas. No entanto, é essencial desmistificar a ideia de que as crianças autistas não sentem emoções; na realidade, elas vivenciam sentimentos intensos, mas podem ter dificuldade em expressá-los da forma tradicional. Algumas demonstram afeto de maneiras menos convencionais, como oferecendo um objeto especial ou através de gestos repetitivos. Outras podem não compreender ironias ou subentendidos, interpretando tudo de forma literal. Além disso, a previsibilidade e as rotinas são extremamente reconfortantes para muitas destas crianças, tornando qualquer mudança um fator potencial de ansiedade. 

A sociedade desempenha um papel fundamental na inclusão das crianças com autismo. Para isso, é essencial educar desde cedo as crianças neurotípicas sobre o TEA, promovendo a empatia e eliminando preconceitos. As escolas devem adaptar-se às necessidades específicas destes alunos, criando espaços sensoriais e aplicando métodos de ensino diferenciados que respeitem o seu ritmo. Além disso, é crucial apoiar as famílias, garantindo que tenham acesso a terapias especializadas e a uma rede de suporte emocional. Acima de tudo, a chave para a verdadeira inclusão está na aceitação e no respeito pelas diferenças, reconhecendo que cada criança, independentemente das suas particularidades, merece crescer num ambiente onde se sinta valorizada.