Doença oncológica pediátrica em Portugal: país com maior taxa da UE segundo Sic Notícias, 3 fev 2025

Em Portugal, o cancro infantil não é apenas um número – é uma realidade que transforma profundamente a vida de centenas de famílias todos os anos.

O nosso país apresenta a maior taxa de doenças oncológicas em crianças na União Europeia, com uma incidência estimada a aumentar 20% até 2040. Anualmente, surgem cerca de 400 novos casos de cancro infantil, e a doença continua a ser a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes.

Quando o diagnóstico chega…

Receber o diagnóstico de cancro pediátrico é devastador. De um momento para o outro, a vida da criança e da família muda radicalmente:

  • tratamentos prolongados
  • deslocações frequentes ao hospital
  • internamentos
  • eventuais dificuldades financeiras

 Estas mudanças causam alterações físicas e emocionais na criança, perturbam a sua rotina e geram uma pressão imensa sobre toda a família, afetando o bem-estar emocional de todos os envolvidos. 

Como expressam o que sentem?

As crianças, especialmente as mais novas, podem não ter maturidade emocional suficiente para verbalizar o que sentem. Em vez disso, expressam-se através do brincar, do humor ou do comportamento.

Algumas acreditam que a doença é castigo por algo que fizeram, ou que é culpa sua. Isso aumenta sentimentos de culpa, medo e solidão.

E o lado positivo?

Há também boas notícias: a taxa de cura das crianças é muito superior à da maioria dos casos em adultos. Mais de 8 em cada 10 crianças com cancro (82%) podem ser completamente curadas.

Contudo, cerca de dois terços apresentam sequelas, muitas de natureza psicológica como o stress pós-traumático, ansiedade e dificuldades de reintegração social. Estes efeitos devem ser acompanhados com atenção ao longo do crescimento.

Cada criança é mais do que o diagnóstico

Cada criança merece mais do que tratamento médico: merece ser ouvida, compreendida e acompanhada com amor, empatia e esperança. Merece ter a oportunidade de viver a sua infância com dignidade. Porque por trás de cada diagnóstico, há uma história de coragem.

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