A Síndrome da Bata Branca é um fenómeno psicológico que se manifesta quando uma criança apresenta sinais de ansiedade ao contactar com profissionais de saúde, sobretudo aqueles que surgem vestidos com a tradicional bata branca.

Este receio pode afetar negativamente a experiência médica da criança, dificultando consultas, exames e tratamentos. A sua origem está muitas vezes associada a experiências anteriores desagradáveis em ambiente hospitalar, como vacinas, exames invasivos ou procedimentos dolorosos.
Se a ida ao médico for associada a momentos de desconforto, a criança pode relacionar esse medo com a figura do profissional de saúde e a sua indumentária, desenvolvendo uma resposta condicionada de ansiedade. 

A presença da bata branca torna-se, assim, um estímulo visual que desencadeia uma resposta emocional negativa.

Muitas crianças apresentam sinais de medo intenso: choram, recusam-se a cooperar ou tentam evitar a consulta. Este comportamento pode prolongar atendimentos, dificultar diagnósticos e aumentar o nível de stress dos pais e cuidadores. Além disso, a forma como os adultos lidam com a ida ao médico pode reforçar esta ansiedade, sobretudo quando utilizam ameaças como “Se não te portas bem, vais ao médico levar uma injeção!”.

Para minimizar esta síndrome, diversas estratégias podem ser adotadas:

–  Alguns profissionais de saúde optam por vestuário menos formal, com cores mais apelativas e elementos adicionais, como bonecos que reproduzem personagens de banda desenhada, minimizando o impacto psicológico da bata branca

–  Outros profissionais apoiam o desenvolvimento de projetos de humanização em instalações de saúde, tornando-as mais acolhedoras, com elementos lúdicos e cores alegres, contribuindo assim para um ambiente menos intimidante.